10 julho 2011

«No psiquiatra» - por Rui Felício


Luisa entrou no consultório para mais uma sessão semanal de terapia. O divórcio litigioso tinha-a deixado de rastos e recorreu ao psiquiatra, onde andava há mais de um ano. O preço era alto, tinha que rentabilizar o tempo. Mas os resultados estavam a ser satisfatórios.
Ela sabia que se abandonasse ou alargasse a periodicidade das consultas, iria certamente ter uma recaída grave.
João, o médico, iniciou a consulta...
Uma das suas mãos subiu pela perna feminina, contornou a coxa, e quando agarrou na nádega… descobriu-a nua. A saia erguida até à cintura e as cuecas minúsculas deixavam a nádega redonda completamente descoberta e apetecível.
Ele interrompeu o gesto seguinte e olhou-a, inquisitivo.
– Vim preparada para a consulta, doutor, incentivou ela. Prossiga!
E as carícias continuaram até que ele a deitou sobre o divã.
O seu corpo sobre o dela, as mãos nos seus seios de bicos erguidos, a boca entre as suas coxas, saboreando-lhe o liquido melado e espesso, lambendo a sua humidade, levando-a ao primeiro orgasmo…
Beijaram-se de novo, a língua dele parecia que a devorava, tocando-a nos recantos mais escondidos. O seu beijo, cada vez mais profundo, aumentava-lhe e renovava-lhe a excitação. Deslizava a língua pelos lábios, pelo pescoço, mordiscava e chupava-lhe a ponta da sua orelha.
Luísa, escorregava as mãos pelo corpo masculino, desde a nuca, descendo pelas costas, apertando-o contra si, de mãos espalmadas nas nádegas masculinas. Sentia a força do seu membro endurecido e imaginava-o a rasgá-la até ao fundo, em pleno. Deslizou uma mão até ao fecho das calças de João, introduziu os dedos pela abertura, afastou para o lado as cuecas e, finalmente, tocou a carne dura, quente e húmida do pénis túrgido, de ponta aveludada, já lambuzada.
Ouviu o gemido dele contra o seu ombro e, deslizando para o chão, ajoelhou-se à sua frente, e baixou-lhe as calças. Meteu-o na boca...
Sentia fome daquele corpo masculino, de sexo. Sentia-se louca e só pensava em despir-se rapidamente, despi-lo a ele e pedir-lhe que invadisse as suas entranhas.
Mas a consulta ainda estava no início. Só tinha passado um quarto de hora, e, por isso, foi deixando que a sedução se prolongasse lentamente, que fossem conhecendo cada pedaço dos seus corpos, calmamente, beijando, chupando, tocando, apalpando, sentindo o prazer a dominar cada poro da pele, cada milímetro do corpo.
Olhou novamente para o relógio. Agora já só faltavam 10 minutos. Abriu-se toda e disse ao médico: Foda-me agora, doutor!
Profissional, ele quis certificar-se, previamente, se ela já tinha pago e perguntou-lhe:
- Quando entrou, a secretária, lá fora, deu-lhe o recibo?

Rui Felicio
Blog Encontro de Gerações

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