02 maio 2013

Threesome

 Sempre considerei arriscada a prática do “ménage à trois”. O cuidado com que se devem escolher os parceiros é fundamental e prefiro o envolvimento de duas mulheres e um homem, à alternativa. A necessidade de se evitar a selecção de dois machos alfa torna complexa esta experiência. Acaba sempre por sobressair o confronto entre poderes e a mulher subalterniza-se quase inconscientemente. A presença de apenas um alfa, enfraquece de modo natural o mais dócil e, embora seja menos arriscado a escolha de dois homens submissos, ter de controlar, dominar e orientar uma dupla frágil, é cansativo e entediante.
A participação de duas mulheres é sempre mais proveitosa. Sabem exactamente onde se situam todos os pontos fulcrais dos parceiros e torna-se facílimo usufruir de ambas as faces das moedas com o máximo deleite.
Não é, de todo, uma “tarefa” fácil, mas uma principiante deve reconhecer de imediato que a posição mais cómoda que lhe permite o desfrute de alguma das inúmeras potencialidades desta prática, é a mais simples. Nestes, como em muitos outros casos, as mais primárias posições são aquelas que iniciam um percurso imenso e que permitem posteriores viagens paradisíacas.
Aconselho um macho alfa como parceiro. Nada melhor do que resistência e controlo para uma aventura tão demorada como estas devem ser.
Não vou descrever (por enquanto) as manobras possíveis e “obrigatórias” a efectuar nestas andanças, mas nada impede que refira aquela que é considerada a clássica e a mais banal.
Uma das mulheres, voltada para o homem deitado, monta-lhe o pénis, entranhando-o o mais possível. Permitirá dessa forma mover-se, ondulando, ao sabor do que lhe causará maior prazer. O movimento de vai-vem sobre o pénis não é, neste momento, o esperado. A ondulação, o rodar subtil das ancas, vai permitir uma maior atenção à companheira que, voltada para a parceira, de joelhos, levemente dobrada, expõe a vagina à língua e à boca do homem que a vai explorando ao mesmo tempo que perscruta o anûs humedecido, rodando e enfiando-lhe com suavidade o dedo encharcado em sucos ou a serpente incendiada que tem na boca.
As mulheres, assim posicionadas, podem aceder às mamas uma da outra, conseguindo, curvando-se estrategicamente (com a colaboração do macho de pernas abertas e flectidas e pés ficados no colchão, empurrando os quadris e elevando as nádegas - todos gostam!) provar a rigidez dos mamilos e a textura aveludada da pele uma da outra. O clítoris está perfeitamente alcançável, quer de uma, quer da outra, e é possível titila-los mutuamente enquanto se sente o deslizar do pénis ou a saliva quente da língua masculina, e sempre que as bocas femininas estão dispostas de modo a misturarem todas as delícias que se escondem num beijo.
Nestes casos, o homem pode e deve ser instrumentalizado. Se a atenção estiver concentrada e for prioridade entre as mulheres, o prazer masculino é exponencial e atinge-o de forma avassaladora.
Voltaremos a juntar-nos, os três, começando desde o início. Há caminhos longos a desbravar mesmo que usemos apenas um cajado.


Camille