04 julho 2004

Soneto da Língua Com Quadra Intrometida ao Fundo, a Rematar

São, eu sei que este blog é muito sério e tal!... Mas não pude resistir a uma brincadeira, ao ver que alguns dos relaxados que frequentam A Funda São dão pontapés na gramática como se não houvesse amanhã... Aqui fica, para eles e que viva Portugal - que também é feito com a língua! (Que o diga a Edite).

Usai a língua, irmãos, mas com jeitinho,
Não esqueçais jamais nela um só acento
Dos que tornam um cágado cagado e fedorento
Ou deixam pêlos na boca sem chapeuzinho...
Usai sempre as vogais a preceito e com carinho,
Pois minete e minuete não vão pelo mesmo alento
Como ireis vós pelo profundo Hades dentro
Se levardes aquele «hás-de» a mau caminho.
Custa nada ao nosso lado um dicionário,
Usar no acento ou no assento a correcção,
Que um acentua e o outro senta-se, p’lo contrário
Ilumina a vogal um e o outro não!
Usar a língua nada tem, pois, de ordinário
Usai-a a fundo p’ra alegrar a relação!

Não se feche a língua na gaveta de tretas
Nem se confunda a cedilha com um clítoris
Exponha claras na palavra as suas letras
E verá a nossa língua, essa bandeira, ser feliz!

OrCa

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