Pelo mercado da Ribeira,
mais passando que comprando
Topei uma moça faceira
sentada a um canto chorando
Aproximando-me estendi-lhe
um lenço para enxugar
Aquelas lágrimas que em molhe
teimavam em não parar
Ergueu para mim o olhar
Carregado de emoção
Confessou-me que o chorar
Não vinha do coração
Admirado e curioso
Perguntei-lhe o que era então
E num tom meio jocoso
Respondeu que era tesão
Mais admirado fiquei
E não querendo que sofresse,
logo uma foda lhe dei
para espevitar o interesse
Dali fomos p'ra pensão
Para um quarto velho e nu
E para lhe aplacar o tesão
Enterrei-lho bem no cu
Aos gritos de «quero mais»
E de «fode meu cabrão»
Arranquei-lhe um cento de ais
Afundando-lho no conão
No fim, gritando pelo pai
Pela mãe e pelo irmão
Declarou depois de um ai
Que lhe esgotei o tesão
Bartolomeu
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Uma por dia tira a azia