17 fevereiro 2007

Soneto.


Gosto de estar à tua frente
Tu cheio de rubores e embaraços.
Quando finjo ingenuamente
Não entender onde te levam os passos

Olho bem no teu olhar
Enquanto desvias a conversa
Mas sei onde está esse altar
E onde o teu querer tropeça.

Faço de ti, trabalho meu
Levo-te onde tu me tomas
E de onde se vê o Céu...

São assim, pobres homens.
Acham que sou o seu troféu
Mas sou eu que os caço com a cona


Margarida

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Ao abrigo do direito de resposta:
"Passo e refaço o passo, sem ruído
rio revendo o rio que há em ti
tento e atravesso a ponte mesmo aqui
passo a passo, em tristeza, dolorido.

Devasso, penso só teu ar fingido
ruminam em mim rotas, até ali
temo a troca se tento, porque vi
o frio, o feio e o fino e tão fugido.

É falsa a fera e fere um coração
defesa bem difícil de fazer
atento, sempre tento a solução...

Pego a lança, mas lanço sem saber,
que a fera fugidia agarra a mão,
mordendo e mais lambendo a quem a quer..."

Alcaide

"No couto, a caça que eu caço
E a peça que eu persigo
Não se arrisca a um abraço,
Quanto mais, ficar comigo...

Guarda nas saias o troféu
de umas caçadas furtivas
Não ficas com nada que é meu
Por muitos anos que vivas!

Que caça como tu caças
Caça-se em qualquer lugar
E todo o homem que abraças

Vem-se, ri-se, a gargalhar
Da cona com que tu desgraças
Os homens que te querem amar!

In memoriam... sei lá quando!"

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