"Num sei sestes sinales são certos ou inrrados. O queu sei é que cando o Zé das bacas quindé meu primo por parte da minha irmã Jesefina, me lebou pró pinhal indeuera catraia, teria prái os meus 32 anos e marriou as calças em cima, que jurobos pela luzinha do olho do cu que não sabia o quéquele me táváfazer, levaram-me ò sô padre Ramalho pra ele verinficar so Zé das bacas me tinha arrebentado cos tampos. Intão o sô padre Ramalho levou-me para uma salinha lá pros fundos da casa e não deixou que mais ninguem assestisse. Chigados lá, o sô padre correu os certinados das jinelas, ficámos assim meio apagados e mandou-me sebir as saias e abaixar as cuécas. Eu sebi as saias, mas disselhe que num tinha cuecas. Intão o sacana do padre fez um rizinho malandro e botou-me logo: Já sabia que num usabas moça, já te tinha bisto a caspa nos sapatos.
Intão despois o sô padre mandoumassentar num sufá que lá tinha e mandoumabrir as pernas e inclinar pratrás e dissemassim agora num tenhas medo queu bou tirar a limpo se esse malandro do Zé te fez mal ou nõe.
E infiou-me dois dedos na snaita, cumo se faz no cu das galinhas pra ver se têm ovo. Despois deixouse lá estar a remexer os dedos dum lado pro outro e eu já em ânsias caquelas mexidelas estabamafazer uns calores que me subiam pela barriga axima até à cara eo malandro do padre sempre a olhar pra mim. Intão passado um becado, o sô padre Ramalho tirou os dedos de dentro da snaita e botouos na boca. Depois boltou a botar dentro da snaita e boltou a probar. Depois birouse pra mim e disseme isto num está a resultar bou ter de ber melhor. Intão mandoumafastar mais as pernas e botou a cabeça lá bem no meio e dasatoumalambela.
Ai senhores, nem xei xe bos diga, se bos conte, aquela coisa começame a fazer uns frenicoques, cás tantas numauguentei e agarrei na cabexa do padre cas duas mãos que case ca metia toda por mim adentro.
Ó fim o padre alebantou-se e desseme afenal parece co Zé das bacas num consegui arrebintarte cos tampos, isso a bem dezer já nem são tampos, isso já é quase uma parede de pedra ingual ao muro du cemintéiro.
Mas a pratir doije tens de bir todos os dias ter comigo, para teu dar um tratamento que te bai librar de um dia prederes a bergindade."
Maria Barbuda
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Uma por dia tira a azia