25 setembro 2008

“Pós-Coito em casa dela”

Naquele dia fiquei até mais tarde no escritório, não porque a urgência do trabalho assim o exigisse, mas porque alguns relatórios me distraíram a atenção, fazendo com que não reparasse nas horas. Tirou-me daquela absorção a voz de uma colega de outro sector, a Judite, com a frase: - Então, hoje vais dormir no escritório?
Sem pensar no que dizer, respondi-lhe meio à parva:
- No escritório não digo, mas contigo teria todo o prazer.
Imediatamente a seguir arrependi-me completamente da resposta dada e, já abria a boca para me desculpar, quando a Judite ripostou:
- O que te faz ter a absoluta certeza de ires ter prazer, passando a noite comigo?
Já não fechei a boca, mas de espanto. A resposta de Judite era totalmente inesperada e desarmou-me. Porém, um cavaleiro paladino nunca se atrapalha e o improviso que me restou para uma saída composta, foi:
- Não há certezas absolutas, Judite, mas há desejos absolutos, e a minha certeza é que és uma mulher absolutamente desejável. (O trocadilho semi-brejeiro, semi-simpático, semi-sedutor, é sempre algo que resulta esplendidamente com uma mulher)
A Judite sorriu, rodou sobre os calcanhares e dirigiu-se à porta. Chegando a ela, voltou a cabeça, exibindo ainda o mesmo sorriso e perante a minha imobilidade, garantiu-me:
- Vamos então?
Pensei de imediato: "Ai não que não vamos, mas é que é já de seguidinha. Saí, sem me lembrar de apagar as luzes".
Conheci a Judite há uns 5 anos, mas era a primeira vez que me via na situação de manter uma conversa íntima com ela. Até ao estacionamento onde os nossos carros se encontravam, poucas frases trocámos. Chegados, disse-me para a seguir até à sua casa; se a perdesse de vista, que lhe ligasse para o telemóvel.
Eh, lá! a miúda é filha do Carlos Sainz ou quê?!
Meia hora depois estávamos a estacionar à porta da sua casa. Subimos, os sentidos fervilhavam-me, a expectativa de despir o belo corpo de Judite conflituava com o sentido de moderação e controle das emoções. Martelava-me o cérebro o velhinho aviso popular, “Não devemos ir com muita sede ao pote”. Nunca entendi muito bem, se um gajo tem sede e no pote encontra a água fresquinha que o vai dessedentar… porque carga de água não deve pegar o pote com ambas as mão e levá-lo de imediato à boca?
Fosse como fosse, decidi optar pela moderação e cavalheirismo. Mal entrámos, a Judite conduziu-me à sala, convidou-me a sentar e ofereceu-me uma bebida. "Pode ser um whisky", aceitei, "sem gelo, por favor". Quando me entregou o copo sentou-se ao meu lado. Aproveitei a oportunidade de lhe elogiar o gosto colocado na decoração.
Sorriu:
– Acho que não estás aqui para tecer considerações acerca desse assunto…
E sem mais comentários, aproximou o seu rosto do meu e beijou-me, um beijo curto, seguido imediatamente de um outro, mais longo, mais envolvente, sôfrego de desejo, a que correspondi inteiramente. Bebi mais um gole apressado e poisei o copo sobre a mesinha frente ao sofá. Virámo-nos de frente e abraçámo-nos, sucederam-se os beijos, as carícias, enquanto íamos libertando a roupa de cada um. Rapidamente dei início a uma viagem táctil pelo corpo de Judite, senti a maciez da sua pele, a rijeza dos seus seios, a volúpia das suas nádegas, momentos de completa embriaguez começaram a envolver-nos os sentidos e os desejos. Em breve, os meus lábios foram ao encontro do sexo de Judite enquanto os dela, ajudados pelas mãos, envolviam totalmente o meu. Surgiram gemidos, músculos ganharam uma distensão maior, os corpos retorceram-se, alargaram-se num êxtase que buscava a duração e o prolongamento do prazer sentido. Descobrimo-nos na nossa intimidade mais profunda e quando sentimos que já nos conhecíamos desde o início dos tempos, soltámos as bocas dos sexos e entregámos os corpos à voracidade dos desejos.
Não precisaram de apresentação, o meu pénis e a vagina de Judite, conheciam-se desde a criação da humanidade e sabiam por instinto que se iriam cumprir no ancestral ritual da cópula. Judite deitada, pernas abertas, sexo inteiramente disponível e receptivo, em frente, o meu sexo erecto exultante, penetrante, preenchedor, uma cópula composta de movimentos demorados, profundos, compassados. Depois… Judite pede, mais rápido, arqueia os rins, ergue o púbis, agita freneticamente a cabeça, olhos cerrados, respiração ofegante, músculos tensos, para… lança-me as pernas à volta da cintura, cinge mais o seu sexo ao meu, abraça-me forte, estremece como se uma descarga eléctrica lhe percorresse todo o corpo. Com uma rapidez espantosa, a Judite muda de posição, colocando-se sentada sobre o meu pénis, primeiro condu-lo de novo para o interior da sua vagina que executava perfeitos movimentos internos de sucção. Instantes depois, a Judite inclina-se um pouco sobre mim e muda o local da penetração, colocando a glande do pénis à entrada do seu ânus. Esperou um pouco, descontraiu-se, segurou-o firmemente com uma das mãos que passou por entre as pernas e voltou a pressionar um pouco. Senti então que a glande penetrava o ânus de Judite, esperou, ergueu o tronco e fez com que entrasse um pouco mais. Em seguida, iniciou um ligeiro movimento de vai-e-vem, introduzindo um pouco mais de cada vez que descia, os movimentos aceleraram e a penetração consumou-se por completo. Concentrei-me de forma a prolongar ao máximo aquele idílio, segurando os seios de Judite, acariciando-os. Aaexplosão aproximava-se inexorável. A Judite, sentindo a sua iminência, encorajou-me, aumentando o ritmo dos vai-e-vem e sussurrando como que exigindo… vem-te! Vem-te! "Coloca-te de joelhos", sussurrei-lhe ao ouvido. Rapidamente, a Judite coloca-se na posição pedida, voltando a franquear a doce entrada para o paraíso terreno. Passei então o meu pénis lambuzado por todo o esplendor da paisagem que a Judite me oferecia. Seguidamente fiz a glande do meu pénis demorar-se e pressionar o clitóris de Judite, que voltou a gemer dando início a um breve movimento de vai-e-vem. A Judite lança uma das mãos e segurando-me o pénis, fá-lo penetrar completamente a sua fenda alagada. Era chegado o momento, a penetração profunda e forte não podia ser contida por mais tempo, a força indómita da natureza fez-nos explodir num orgasmo simultâneo, intenso. Os fluidos escorrem de ambos os sexos e torna-se urgente uma viagem à casa de banho. Regressados de uma lavagem sumária, voltámos a sentar-nos no sofá, depois de colocar as roupas interiores, pegámos de novo nos respectivos copos, bebericámos, enquanto aconchegados um ao outro. Regressei ao tema da decoração. A Judite aparentemente escuta-me, sem contudo se importar se foi esse o propósito que me levou ali.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia