Uma arcada deformada num V perfeito,
era a Deusa destronada por incendiada
não conseguir ocultar a nudez do peito;
a nudez do peito de rosa entumescida
crescia inchada no homem para ser colhida;
o homem endurecia para aliviar o pranto,
um pranto inflamado como um húmido canto.
E grita pelos mamilos sugados pelo dourado:
"eu sou a Deusa erguida, a Rainha rendida,
a implorar que me doas para tudo crescer;
a dor que me doer, continuo comigo a erguer
até me conseguir alcançar, mulher renascida,
fêmea ajoelhada de ventre aberto e trespassado
pela arma dura de nobre guerreiro atordoado".
E jura pelas entranhas profanadas pelo amado:
"eu não tenho qualquer messalino talento,
só desejo violento pelas dores de crescimento,
que me faz ofegar e dobrar e despejar o tormento
para fora de mim, fico fora de mim mas fico dentro,
à espera que o vermelho cresça e molhe o meu centro,
escancarada, pedinte, vivo de alimento ejaculado"
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Uma por dia tira a azia