21 outubro 2009

Inconfessável.

Inconfessáveis profanações de mim, espremida
violentamente, aqui e agora foram confessadas...
A tua heresia sedutora, lasciva; era tremida
a minha dignidade, tuas insondáveis investidas
e o teu corpo logo ocupava o meu, esculpida
era a minha vontade ao sabor das tuas montadas...
Tenho medo, és tão grande! Serei eu tão profunda
que possa emborcar a tua dimensão e líquidas
cascatas jorradas na cara, sem ser uma imunda
heresia, sem ser vácuo de sombras envergonhadas?
Sujas-me de ti, perverso, puro, alma excomungada
que ignoras os protestos falsos de assanhadas
peles, abro a boca e, obsceno, sou quase sufocada...


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