É livre a cascata
que nasce no vale da sofreguidão
quando, na tremenda margem da paixão,
é amor que o ventre grita
é amor, a corrente arde perfeita
prende-nos entre o peito e o colchão
olhos ao céu, roupas ao chão
e é livre a cascata
que acorda no vale do coração
quando é do amor que nasce a mão
que nos verga e grita e deita e acorrenta
a uma nudez tão inteira, tão viva, tão completa
que, entre gemidos, nasce a oração
à liberdade da nossa cascata.
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Uma por dia tira a azia