Os míticos anos 80 trouxeram aos palcos e ecrãs portugueses quatro beldades de corpo ondulante, em requebros de corpo ao ritmo da música que lhes bailava na língua, usando trajes estrategicamente abertos na febra que antes se vedava aos olhares.
Para reforço da imagem e da memória futura entranhavam-nos pelos ouvidos adentro sons quase guturais como oqueioquei põe-mequêó, alibábá bábábali, édemais, vemcomumadamanhã hei bembom, quentequentequente, dóidói, dou-ce dou-ce, insistindo numa riqueza de imagens desde a chuva a cair até à chuva a cair lá fora, em contraponto à calidez do corpo, da cama, do chão, dos lençóis e até da colcha de lã para rimar com amanhã de manhã, passando ao mesmo tempo mensagens tão diversificadas como vem com duas da manhã, vem com quatro da manhã, vem ficar acordado, vem deitar-te a meu lado.
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Uma por dia tira a azia