Passam agora oito anos que nos dias 7 e 8 de Janeiro de 2010, cerca de quarenta investigadores de dezasseis países diferentes cruzam a política, a história, as artes, a literatura, o desporto, a medicina e as ciências sociais para reflectir sobre o “belo” e o “feio”.
Tratou-se de uma iniciativa do IELT, organizada em parceria com o CORPUS – International Group for the Cultural Studies of the Body .
Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Esta notícia sugeriu-me a seguinte reflexão:
Nas últimas décadas, tem vindo a ser recuperado o conceito de beleza helénica, de linhas equilibradas, simétricas, suaves, expurgadas de imperfeições.
As mulheres eram apresentadas de seios pequenos, erectos, nariz atilado, lábios cheios, cabelo tratado.
Os homens, de cabelo encaracolado, olhos profundos, peitorais firmes, musculados, ventre liso e pénis pequeno.
Pelo meio dos séculos, o conceito de beleza passou por variados padrões. Todos se lembram das matronas anafadas da Renascença ou das macilentas mulheres da época romântica.
Ou dos homens rudes, guerreiros, mal lavados dos tempos da Reconquista Cristã.
Ou mesmo dos efeminados cavalheiros do séc XVIII, de cabelos empoeirados e finas pernas envoltas em apertadas meias de seda.
O belo e o feio são conceitos, são modas.
Mas, transversal a todas as épocas é o conceito imutável de que a beleza resulta mais daquilo que se é, do que daquilo que se aparenta ser.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
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