22 setembro 2006

Qrònica do Nelo


Iola melhéres!

Ôije vou dar-lhis uma grande nuvidade fofos e fofas. Stôu ezultante de alegria, e cuaze qui nam caibu em mim!
Vô tirar a carta de condussão!
Nam éi fremidáveli?
Já dei a nuticia há Belinha e ela ficou munto contenti perque çe fartôu de rir, e inquanto tive no caféi, diçe a máis doizótres clientis que çe fartaróm de rir tamém .
Diçe açim: - Já sabem da novidade? Aqui o senhor Nelo vai tirar a carta de condução. Ha-hahahaha…! – Todos a rireim e a olhareim pra mim e iço…
E eu melhéres, fiquei toda çem çaber u que faser e açim, quaze invergenhada, com a fasse toda corada. Ai perque éu melhéres, çôu açim uma bisha que gosta de ver as piçôas devertidas e iço, mas quande estou num ambiente mais familiar veim-me au simo aquela timidesh que me éi imnata, querçezer: Que naçe cum uma melhér!
Çôu muinto bisha poish çôu, mas nu fundo de mim há uma melhér de recato e que goshta du çeu momento de sulidão e de intriospessão, a pinçar na grandes e nas piquenas coizas da vida, a fazer as introgassões filofosicas. Prontes! Querçezer, eças coizas que me andom nas ideias: uma broshada mais beim conseguida, uma boa inrabadela fêita a presseito, uns olinhus e boquinhas sexes, uma festinha na barguilha dum home açim há menza dum Bar, e pinçar eim cumo leva-lo dali pra um çitio mais recatado….
E tude comessou mejmo per aí.
À dias, melhéres, stava há porta dum Bar, inda um pouco longi da minha morada, sperandu um Taxe pra me levar pra caza e pinçei, a talho de foisse, cumo çeria bom çe de repenti tiveçe um automóvele, quando vi aprasser o Lalito. Olheim melhéres! Trasia um carrito lindo de murrer, e diçe logo prá minha poxete:
- Nelo melhér! Çe eçe Lalito teim um carro perque é que tu nam hades de ter um tamém? -
Ai maza resposta veio nu mejmo instante melhéres, quande ele parou o carro há porta do Bar e me convidou pra dari uma voltita. Entrei, pois entrei, melhéres, queu çôu açim uma bisha com golpe de vista e pedi-le boleia pra caza.
Fiquei çabendo paçádo um bucado, que o carru nam hera dele e que andava a mostrari au peçoal da nôte, pra vender. Diçe ele açim nu meio doutra cunverça: - Pois Nelo, esta máquina é para venda mas o Toni lá no stand não o dá vendido e eu na noite sempre pode ser que arranje um qualquer que fique com ele…. –
Ai melhéres que fiquei logo apaichonado pelo bisharoco, todo cor de roza e com quatro portas, umas quantas rodas no shão e um spelho la drentro prá genti poder ajeitar o pinteado e iço. Deu-me uma coiza, uma inspirassão, um baqui de corassão e diçe:
- Lalito, melhér. Nam presizas de andar a precurar mais. Eu compru esta jóia. –
No dia çeguinte fui ao Stander do Toni falari com eli, pra ver milhor e çaber qual hera o prêsso. Melhéres, uma peshinsha: çó oitosentos e sincuenta €ros.
Fui bescar um xheque ao Bancu e o Toni levou-o pra caza. Fiquei logo com o carrito parado na garage ao ladu do Bersedes Menz da Efigénia.
E çabeim que mais? Já andi a preguntari au Alfredo, o nóço xófer, pra que çerverm us pedais. Eli splicou-me que um éi pra andar, o ôtro pra parari e maizum prás mudansas.
Mas esse das mudansas inté nam me fash falta que quande precizo de mudansas a Efigénia contrata uma empreza que trás uns manfius, uns bonzões sheios de músculus e bons papos nas calsas, e eçes carregóm com tudo, e açim poupa-çe o carrito.
Mas per caso tou mejmo contenti melhéres com o veiculu. É lindu, fofos!
O sinhori lá do Stander, munto çimpatico, o Toni, inté mo veio traser aqui a caza e oferesseu uma caicha com areia pra por debaixo dele nu sítio do motor per causa da babuge e açim. Nam pressebi e diçe-lhe que a garage nam teim babuges e iço mas ele riu-se e foi bescar ainda maizuma coiza. Oferesseu um garafãu de oilo. A marca éi squezita, nam çei o queim de Castrolio, hihihihihih, a esta ora, o meu culega Carlus Castro tamém tem a çua bishiçe nos oilos…hihihihihi
Eu asseitei per vergonha, fartei de dezer-le que lá em caza é mais o azeite e açim, a Efigénia nam gosta de oilos. Mazele insistiu tantu, tantu e a falar nam çei quêi do nível e açim, queu acabi per traser o garrafão, e guardar onde o sinhori do Stander diçe: No porta bagajeins. Ei um home que gosta munto de oilo, diçe-me pra ver todos os dias com uma nam çei o queim duma vareta. Éi munto çimpático, mas asho que çe vai stragar lá, perque a Efigénia nam goshta de pinque ninques, e mejmo çe guestaçe, nam a veijo fritar batatas no campu e açim e per iço o garrafãu há-de apudresser nu porta bagajeins e inda me straga a alcatifa. Hadem ver daqui a algum tempu çe nam éi verdade…!
E por falari em alcatifas, tenhu de ir ao Líder, ou ao HiperMarshêr, ver iço dumas alcatifas pró meu carrito, questas estão sheias de manshas scuras açim redondas a fazer limbrar restos duns blo jobberes, mas já tou pressebendo que é mejmo desta mania de andareim com os oilos dentru do porta bagageins, prós pinque ninques e iço, que çó straga os stofes e alcatifas e açim.
Ts ts…ai os homes, e as ideias deles…ts ts..garrafões de oilo. Veijam çe uma melhér fash coizas deças….!?
Beim, mazagora que tenhu o meio de stamporte pra puder çair prás minhas voltitas na “naite”, çó me falta tirar a carta de condussão.
A lissão númeru um comessa pra çemana.
Depoish conto tudo melhéres, agora vôu ver uns brica-brakes pró meu popó….hihihi nam confundir com bóbó, quiço éi ôtra coiza mas que ei-de faser muntas veses dentro deli.
Inté prá çemana, melhéres, e deim tescanço aos homes.
O Nelo tamém preciza delis.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia