Queria eu já!
o aroma daquelas quatro rosas natalícias respirar
elevar-me entre elas num assomo de carícias
em seus dedos, seus lábios e suspiros viajar.
Ser-lhes o desejo ansioso, o mar, suas delícias.
Queria eu já!
desfrutar sobre os sofás castanhos tão belas flores
embrulhar e desembrulhar tão belos presentes
entregar-lhes o corpo e os sentidos por prazeres
pendurá-las no pinheiro, alegre, luminosos pingentes
Queria eu já!
nas paredes, pendurar outras molduras
outros diplomas de feitos não narrados.
As fotos de todas aquelas mamas duras
das bocas e dos lábios bem amados
Queria eu já!
a merda do urso branco atirar pela janela
está ali aquele mono a olhar feito trambolho
já me está a chatear, armado em sentinela
se não sair dali depressa vou-lhe runfar o entrefolho
Bartolomeu
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Uma por dia tira a azia