12 dezembro 2006

São Rosas!



... são flores!


(isto deve ser já o espírito natalício)

"Oh, cona cacofónica, botânica
Teorética, gastro-hiperbólica!
És a primeira invenção mecânica
Movida a energia eólica!
Cona pungente, híbrida, corcunda,
Sem lábios, sem útero, sem grêlo!
Como queres levar uma bem funda?
Vá lá a gente percebê-lo...
Vai pedir ao Alcaide e ao Bartolomeu
Insignes Mestres desta gente,
Que eles te darão o que não te dei eu
Até que a mecânica arrebente...
Histológico-vaginal e sequiosa
Que até nas bordas junta celulite!
És cona reles, imunda e malgostosa,
E branquinha, tal qual a esferovite!
Cona esquecida, gasta, esquelética,
Que da idade já não lembra nenhum pau...
Neste verso fenece-me a fonética
Que o versejar até aqui nem era mau?!...
Cona que muito chias, já sem lubrificação,
Põem-te flores como quem está no cemitério.
Não percebo como ainda dás tesão...
Para mim... há aí qualquer mistério!...
"


"Precisava uma assim nesta mesinha.
Jarra e flores de enfeite e me servisse
p´ra molhar o meu dedo... é tolice?
Virava a folha ao livro e entretinha!

podia também pôr uma velinha
uma garrafa de Whisky se se abrisse
e se houvesse poeira, uma chatice,
podia aspirar quarto e a salinha,

E devia estar sempre lavadinha
e se a sogra entrasse e isto visse
milagre de amor... um peido ouvisse
e cheirasse tão bem como merdinha!
Alcaide"

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