Surpreendes-me?
Não.
As surpresas são surpreendentes
e tu deixaste de ser surpresa:
és o igual farsante de sempre,
um cálculo imaginário,
a sombra que não recebe
qualquer luz.
Já não me podes surpreender
- não, não podes (nem sabes) -
porque não queres
nem nunca quiseste.
Insurpreendente mortal
de surpresas desfeito,
nas desfeitas palavras
que tanto magoam
e que aqui te deixo.
Poesia de Paula Raposo
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Uma por dia tira a azia