23 dezembro 2012

Hipocrisia brasileira critica anúncio da Duloren


A imagem acima foi uma campanha da Duloren para o primeiro semestre de 2012. Contudo, o Conar vetou a veiculação do anúncio alegando machismo, preconceito, racismo entre outras barbaridades. Sim, caro leitor, barbaridades. E deixo para você, leitor, que provavelmente assiste a recente novela da TV Globo, em que há o envolvimento de um soldado com uma moradora da favela, cujo encontro entre ambos foi extremamente ridículo, marcado por uma cena em que o militar, numa discussão com a futura amante, prende-a sem qualquer alegação legal, deixo sim, a reflexão do assunto. Abuso de poder, preconceito e machismo estavam presentes na cena. Mas quem criticou?
Sinceramente, sou muito crítico a diversas campanhas publicitárias, marcadas por estarem cheias de machismo e preconceito, vide as propagandas das marcas de cerveja. Contudo, além de ousada, a campanha da Duloren não apresenta nenhuma mensagem racista, discriminatória ou preconceituosa. Ao contrário, mostra o lado sedutor da mulher, sobretudo, o lado guerreiro e forte, em que a mulher não se rende às vontades dos homens. Negra sim, como é a maioria das mulheres das favelas, acostumadas com o abuso dos homens, e que vem na campanha mostrar a força feminina.
Infelizmente esta é a realidade do brasil, um país hipócrita. Enquanto isso vamos vendo a Xuxa na Globo disseminando um funk machista para os jovens.

Adendo (às 10:31 de 25/10): importante ressaltar que a campanha critica um fato que ocorre nas pacificações: os abusos de policiais, o uso da força e da autoridade para dominar as mulheres e usar da violência.

Obscenatório
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