Para a romancista Jennifer St George, conforme o Sydney Morning Herald, o sexo literário é realmente muito melhor que o sexo real. Suas personagens parecem viver intensamente a vida sexual, transando na mesa do chefe, em elevadores ou na piscina, conta a escritora.
No fundo o que parece é que Jennifer não tem uma vida sexual como a de suas heroínas, e escreve suas fantasias, o que ela realmente gostaria de vivenciar, coloca no papel histórias que invadem sua mente e seu corpo, fetiches que a deixam excitada e, por fim, resolve fazer uma história sobre essas fantasias. Mas na verdade ela lamenta não viver esta realidade.
A literatura erótica é fundamental para entreter, informar e fazer sonhar o(a) leitor(a). Foi com esta literatura que muitas reivindicações feministas e homossexuais ganharam força. O poder desta forma literária é justamente o de libertar as pessoas da cultura conservadora. Mas jamais estará na condição de ser substituído pelo real prazer do sexo.
Ao que me parece, Jennifer St George não sabe escrever romances eróticos assim como não sabe fazer sexo.
No final do texto escrito no jornal australiano, a autora diz que geralmente gosta de escrever em um Café, mas que não poderia escrever cenas sexuais neste lugar, pois as pessoas a veriam ruborizadas. Que escritor ou escritora teria vergonha de sua própria escrita erótica? Talvez a E.L. James, dos 50 tons de cinza, o sexo mais apático da literatura contemporânea, feito para senhoras do século XV.
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