30 março 2010

A ferro e fogo

A distância dos nossos corpos
assedia a ânsia…

Freme veemente em círculo ardente
e multiplica-se num desbravado caminho
de palavras que retrocedo
em alongado
gemido de carência.

Marco as minhas mínguas
a ferro
e todo o teu ser arde-me na pele
gravado em substância.

Aferras-te
e em mim
és perfeito na imensidão de homem.
Percorres-me em segredo,
lapidando as curvas
que à luz se entregam e
projectas-te em sol e fogo.

Não te enxergo a forma
mas sinto-te em fusão
correr-me no sangue.

À contrariedade do tempo que emerge,
gorgolo em devaneio
o teu nome decifrado.

Vera Carvalho - Pétalas Minhas
(foto de autor desconhecido)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia