15 março 2010

Os amantes

E os braços que se deitam
deito-me neles pela cintura
desce uma madrugada segura,
nela os amantes acordam
nos seus corpos pouco dura
o dia de que se lavam

E os seios que se moldam
em pedintes de ternura
desce entre eles paixão dura
neles os amantes jorram
a marca da sua loucura
até aos lábios que a beijam

E os joelhos que se afastam
oferecem a rosada cura
aos reféns da paixão pura
neles os amantes se lançam
como quem procura
que os dias não mais nasçam.


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Uma por dia tira a azia