A casa no folheto, amor. Só olho. Só olho. Só olho. Mas faço os caminhos à volta em palavras soltas; peças do dominó que tirei do armário. A casa no folheto dói, amor, quando o amor não tem casa. Não espalhes o meu dominó. Não tropeces com tanta força nas minhas palavras. Eu assusto-me; vejo os meus caminhos lançados aos tropeções pelo ar e assusto-me. Não, as portas ainda não me endureceram. Sim, deviam ter endurecido. Sim, assusto-me. Não, amor, mais não. Até a casa do folheto me assusta. Porque tudo pode passar e a casa nunca sair do folheto. E se a casa existe - eu sei que existe - se calhar é a minha vida que é feita de papel. Papel humedecido em sonhos de dominó não endurece; palavras rasgadas aos tropeções.
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Uma por dia tira a azia