Vítima de glaucoma, cegou. E descobriu o seu nome artístico pela ironia cruenta. Há mais de trinta anos que vai fazendo poemas... Aqui vos deixo um, da sua antologia Poesia Digesta, de 1974 a 2004:
Soneto 192 Flatulento
O peido, mais que o arroto, inspira o riso
gostoso, desbragado, gargalhado,
da parte de quem pode ter peidado
enquanto os outros fazem mau juízo.
Com base no meu caso é que analiso,
pois, mesmo estando a sós, enclausurado,
gargalho após os gases ter soltado
e aspiro meu fedor, feito um Narciso.
Me ponho a imaginar a reacção
de alguém afeito a normas de etiqueta
colhido de surpresa ante o rojão...
Meu sonho era peidar fumaça preta
na mesa de um banquete, para então
deixar que a gargalhada me acometa...
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Uma por dia tira a azia