24 maio 2010

Celibato: Solteirões



III. Solteirões. Mas em que razão se fundam os cili­batarios leigos para se conservarem fora do uso comum? Pedem elles, como os solitários da Thebaida, para se conservarem sem distracções a sós com Deus? Pedem, como esses guerreiros antigos marcados pela espiação, para se conservarem livres, afim de, na occa­sião precisa, de cabeça baixa, se precipitarem na morte para a salvação da sua patria? Não, nem Deus, nem a patria vivificam a sua alma; apertai-os nos seus ultimes entrincheiramentos, e quasi por toda a parte só en­contrareis o egoismo. Não é uma predominancia das affeiições superiores que os eleva à força acima das af­feições domesticas; é uma fraqueza do coração que não permitte mesmo às suas sympathias o elevar-se até esta altura. Desligados dos deveres do casamento, mais des­enfreados são na licença dos seus amores. Não vivem senão das desordens e da corrupção; o adulterio e a prostituição, esses dois flagellos caminham deante d'elles como dois anjos maus, e recrutam-lhes na multidão o cortejo que elles pedem. Que a vergonha peze pois sobre elles como pesava sobre as estereis na antiguidade e que a opinião publica os confunda.

L. Seraine. 19??:169-170

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia