O chão estala o eco de um tapete intacto. A beleza é funda, muito funda nos teus olhos; lua azul, a perfeição é um fascínio sinistro. Impasse da nudez. A lua que desce, lua que desce, lua que desce. A lua parou. O Mágico riu-se e a árvore riu-se; um grito empalideceu e quebrou-se no tapete. A lua desceu no lago e encheu-lhe o ventre. Dela. Dela. Dela. Ela. Eu. Era o Mágico que chamava, vibrava o nome no limite dos Mundos. O nome trespassado pela vontade. Olha. A lua azul transborda nos olhos do Mágico, enche os dela. Dela. Dela. Dela. Ela. Eu. Nudez do impasse. Depois trespasse. O chão nos pulsos. O eco aproximou-se e disse que estava na hora de ser um. O eco sentou-se e deitou-nos no linho do tapete. O chão fechou-nos lá dentro. A árvore era uma miragem do mundo do Mágico. Não queria voltar. Encostou os ramos ao eco e disse que lá não podia rir. Não entendia. As pessoas riam de lábios falsos e ela ria de ramos verdadeiros mas não podia rir. O mundo do Mágico não fazia sentido no mundo sem sentido. Preferia ser uma miragem a estalar no chão por baixo das nossas costas. Uma miragem. Mágico.
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Uma por dia tira a azia