Vais soprar areia. Tu tens vento, vento
que sopra e grita e pede e tu, tu tens
vento que sopra nas arcadas do meu peito.
Vais soprar areia nos dedos e vais e vens
e eu encolho as mãos na cegueira do tacto;
por baixo das arcadas deixas as mãos reféns
do vento, do vento no peito e o peito rarefeito.
Vais soprar areia e nos cabelos miragens
dos dedos do vento que de vento és desfeito.
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Uma por dia tira a azia