14 maio 2010

A tua cor de amor


Hoje vou levar-te até ao meu jardim.
Não tem flores, mas tem relva;
sei como gostas da sua humidade
ao cair das tardes de Outono.

Entramos como dois sonâmbulos
gotejando o desejo dividido,
a suave languidez das pernas,
as gotas de neblina no olhar
e fazemos amor –não como adolescentes-
de uma viva tonalidade azul.

Sabes desse meu azul preferido
tal como eu sei da tua cor de amor.

Foto e poesia de Paula Raposo

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