Há dias em que sem percebermos e sequer questionarmos, o céu é luminoso.
Há dias em que a tristeza não encontra os nossos dedos.
Há dias em que o silêncio é o melhor amigo da nossa alegria e seríamos menos felizes se palavras houvessem para a descrever.
Há dias em que os raios de Sol são raios de Luz que nos iluminam.
Há dias em que o astros, a Lua e o Sol estão de tal forma alinhados que as estrelas falam connosco.
Há dias em que agimos sem conseguirmos pensar.
Há dias em que a alegria esperada supera-se de tal maneira que – se medida – não teria espaço em corpo meu.
Há dias em que o interessante se transforma em bom, depois em óptimo e só o todo tem lugar sem detalhe que impressione.
Há dias em que não há próximo, existe apenas comunhão.
Há dias em que o coração em vez de bater, aperta e expande à velocidade da Luz.
Há dias em que todos os caminhos têm apenas uma direcção.
Há dias em que as pernas tremem, o coração acelera em êxtase, as pálpebras piscam de nervoso, os olhos fecham em prazer, a expressão facial ganha cor, as costas dobram num abraço, os braços envolvem, os movimentos suaves, o cérebro grita, a visão só reconhece o brilho, o pescoço roda, o peito enche, o cigarro é pontual e um pingo de suor atrevido escorrega suavemente nas costas até soltar-se.
Há outros dias...
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Uma por dia tira a azia