28 abril 2011

Nortear a Viagem

Não sei como aconteceu.
Nasceu ingénuo e afirmou a sua posição. Reclamou o seu lugar dentro de um coração armadurado já habituado ao cinzento que as cores manavam.
Os momentos inexpressivos vividos ontem, o olhar da Lua sem sorriso e o Sol apagado, frio, morto... de súbito esfumaram-se. Desapareceram. Extinguiram-se.

Sentia antes uma emoção neutra sem rumo, despreocupada como um barco à deriva que inquieta o seu Comandante pelo destino incerto, mas nada mais existe ali, de bom ou de mau, nada, absolutamente nada!
E de súbito... a célebre ilha no horizonte e o alento do desconhecido a pautar o caminho... O que não se conhece é receado apenas por quem norteia o trilho.

Nem sei como foi...
Apenas nasceu e quis acontecer, impondo e preenchendo o espaço. Deu destino à imensidão que o peito exigia dar.

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