Em dia que as nossas vidas profissionalmente não se toquem, a saudade espreita, faz-se ver pelas salas e corredores lembrando que há um bocado, há um bocadinho apenas estávamos a olhar-nos.
Nesses dias em que os nossos olhos não falam uns com os outros, e aguardam por imposição das nossas (des)vontades o reencontro nocturno que nos habituámos a aceitar, o relógio pára, fica eternidades no mesmo sítio agindo contra a nossa vontade de observar o Tempo em conjunto.
Nesses escuros dias em que os nossos corpos tocam-se vezes de menos, sobram carícias que não percebemos onde colocar - o que lhes fazer, olhares que não queremos a mais ninguém dirigir.
A saudade deve ser como a pressão de uma qualquer campânula que só constantemente aliviada não causa dano;
que devemos manter num nível de conforto para não ensurdecer o espaço em redor;
e para não rebentar num peito onde já não cabe, transbordando pelos olhos de quem nos olha algumas horas depois do Tempo ter parado...
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Uma por dia tira a azia