03 março 2010

Diz-me...

Diz-me, diz-me amor o teu cheiro molhado
entrei no teu lago pelo teu rosto
e afoguei-me até ao peito
para não nadar
dá-me a pedra
não me salves
não me falhes
solta o gemido
que me afoga pelo cabelo escorrido
agora leito cianoliquido
do amor liquefeito

Diz-me, diz-me amor o teu sabor rendido
deitei-me na tua areia pelo teu porto
e estendi-me até ao peito
para afundar
dá-me a terra
não me caves
não me salves
solta o grito
já dorido de tão mordido
desfeito até espelho liquido
o meu corpo em ti espelhado.


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