06 abril 2010

No luar do meu riso dilui-se um orgasmo em astros...

Escrevo-te, da vastidão dos meus horizontes, dos confins da imaginação, onde habita e se acendem todos os tições numa manhã clara, onde o vento lateja um doce trinado, no meu sangue quente, que pulsa na ânsia, no cérebro, que em ti pensa, sôfregos pensamentos, insaciáveis...
Ardem em mim os ecos dum sonho álgido. Os teus olhos ácidos, emergem luas, fatais.
Que o tesão nunca entre nós esfrie. Faça-se sensual uma treva leve, danças carnais, altos nos traços, chuvas estreitas e atrevidas. A agitação chamo para dentro de mim. Sonho ser tudo o que em ti desejo e o meu mundo ao sonhar-te, é diferente, se transforma. Te transforma. Nos frutos da saliva, tu me apeteces, na nudez farta, um deserto ferve, onde te lanças, sempre atento, sequioso, erecto, palpitante. Corre-me o ardor, o teu sangue pelo meu espaço, como uma garra de ferro, tão suave que nunca me doí rasgar-me toda por ti.
Sabe-me a tua boca à luz sôfrega dos dias.
É o meu entusiástico desejo que te fala, que estala, rebenta-me em desejos que hão-de dar frutos, e eu deliro... numa estrada aberta, nas avenidas da minha escrita.
Amo-te na orla de um desejo, o meu.

Beijos da sempre tua
Rosa Genital

[Blog Vermelho Canalha]

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