Será que me despeço de ti todos os dias? Será que cada passo forçado e sofrido a teu lado me leva para longe, para esse sítio onde nos enredamos e perdemos e cegamos e sangramos e gelamos, onde finalmente morremos de desamor?
Como parar? Como mudar de direcção? Como olhar-te com olhos claros e corpo nu e mãos abertas e boca voluntariosa? Como varrer da memória a tua mentira? Como olhar para ti e não ver um monstro feio navegando em ondas de volúpia com uma harpia com quem só me zango porque tu não chegas sequer para tanta mágoa?
Como? Como segurar na minha mão o teu sexo duro, como sentar-me em ti, enterrar-te em mim, vir-me, fazer-te vir, se a tua boca quis outra, se o teu corpo deixou o meu em casa para se peder noutro, se voltaste como se nada se tivesse passado e mentiste como se eu não fosse quem sou?
Por isso, é como se me despedisse de ti a cada instante. Como se cada momento passado contigo mais não fosse do que mais um aceno, mais um copo, o prolongar do instante derradeiro e incontornável.
Como parar? Como mudar de direcção? Como olhar-te com olhos claros e corpo nu e mãos abertas e boca voluntariosa? Como varrer da memória a tua mentira? Como olhar para ti e não ver um monstro feio navegando em ondas de volúpia com uma harpia com quem só me zango porque tu não chegas sequer para tanta mágoa?
Como? Como segurar na minha mão o teu sexo duro, como sentar-me em ti, enterrar-te em mim, vir-me, fazer-te vir, se a tua boca quis outra, se o teu corpo deixou o meu em casa para se peder noutro, se voltaste como se nada se tivesse passado e mentiste como se eu não fosse quem sou?
Por isso, é como se me despedisse de ti a cada instante. Como se cada momento passado contigo mais não fosse do que mais um aceno, mais um copo, o prolongar do instante derradeiro e incontornável.
Medeia - [Infidelidades]
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Uma por dia tira a azia