Hoje: um corredor em círculo e, no chão, um tapete
esse que foi nosso, tapete
de folhas secas caídas da noite.
Isabel sussurra que se deitou ali, diz que lhe sobrevive
o corpo à alma, sobrevive
quente no frio da espera, não existe.
Ontem: uma noite que se desfaz no lençol sobre a pele,
a manhã chega, tenta lavar, a pele
dói, já dói, mas a manhã ainda insiste.
Isabel grita que saía dali, que a seda nos braços já lhe arde
mas que as pernas se afastam, arde
também no ventre e o ventre consente.
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Uma por dia tira a azia