Repousava encostado à virilha esquerda quando senti a presença de uma mão, algo que estranhei pois não havia soado o aviso de rotina para a função que até então que me cabia cumprir.
Estranhei ainda mais quando os dedos se enrolaram em meu redor e começaram a subir e a descer de uma forma inusitada e eu já de cabeça bem levantada, satisfeito com aquela inovação.
Foi de facto uma sensação inédita que senti como uma revelação, adivinhando na hora um futuro promissor que surgia no horizonte (o dele, que trago agarrado) tão erecto como um pelourinho ou o monumento que encima o Parque Eduardo VII.
A mão não parava e eu nem sabia do que gostava mais naquela atenção que me permitia descobrir novos caminhos e antever extraordinárias aplicações.
Apanhei um cagaço quando de repente senti uma cena diferente a brotar de mim, algo que os meus inseparáveis amigos (que enviaram aquilo no preciso instante em que me estava a saber melhor, apanhando-me distraído) cuidariam de me explicar mais tarde na utilidade e na razão de ser.
Sei que descobri um novo e apetecível prazer, que se manteria sobretudo quando a mão, pouco tempo depois, se prestou a uma excelente troca. E desde esse dia memorável estou tantas vezes em sentido que até parece que entrei para tropa.
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Uma por dia tira a azia