12 fevereiro 2011

O Astro Nu Sonho



A poesia escapa-se, como um nervo pelas massas.
Sinto o ar, o espaço, nas falangestas, tenso.
Vazado num sol.
Que... Queima...
O Astro!
Nudez explodindo.
Nu mastro!...
As minhas noites são gritos, que não se ouvem.
Sentem-se nas margens da página onde o Astro se incendeia, entrando pelas fendas das minhas palavras, batendo, rebentando nos seus seios desordenados.
Nos seus buracos.
Nus matos, onde a escuridão é vida.
Água agreste.
Numa pancada salgada.

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