pressiono ao de leve o dedo no rato
e teclo alfabetos e traços e marcas
e no monitor do teu corpo lasso
eu mordo
e arranho
estremeço e abraço
sei da tua boca da língua a textura
e em cada seio saboreio um poema
no ventre que beijo eu provo o melaço
doce aveludado dessa tessitura
e sinto o afago das coxas que enlaço
quando entro em teu corpo
espaço a espaço
ah como te sinto o ardor
a ardência
e o suor na tua pele
e a reticência
que exclamas por fim
à beira da urgência
que eu me abandone e que assim grite
que me venha em ti
antes do delete...
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Uma por dia tira a azia