11 dezembro 2009

De pernas para o ar


De repente foi como
se o mundo se tivesse virado
de pernas para o ar.

Meteras-te onde?
Porque não aparecias
À hora marcada?
Investigo.
Procuro-te.
Canso-me de não te encontrar…

Até que, num último rasgo
de uma brilhante ideia,
bato à porta daquela casa.

E tu apareces, nu,
quando eu oiço uma voz masculina
(que eu tão bem conhecia)
vinda do quarto
perguntar:

- Quem é, amor?

A vontade foi esganar-vos
a ambos
logo ali. Sem mais.

Fui embora.

Foto e poesia de Paula Raposo

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia