De repente foi como
se o mundo se tivesse virado
de pernas para o ar.
Meteras-te onde?
Porque não aparecias
À hora marcada?
Investigo.
Procuro-te.
Canso-me de não te encontrar…
Até que, num último rasgo
de uma brilhante ideia,
bato à porta daquela casa.
E tu apareces, nu,
quando eu oiço uma voz masculina
(que eu tão bem conhecia)
vinda do quarto
perguntar:
- Quem é, amor?
A vontade foi esganar-vos
a ambos
logo ali. Sem mais.
Fui embora.
Foto e poesia de Paula Raposo
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Uma por dia tira a azia