Não é ocasional, és tu,
essa tua intensidade feroz
que te faz cheirar a grito!
Ah, pois bem! Agora admito
que quando me deito e te aceito
te quero assim, atroz;
e no teu grito me cito
para que possa gritar por nós.
Vem cá, agora que estamos sós
e te podes curar do que foi finito;
dá a boca fria ao beijo que o meu peito
entrega à angústia da tua voz;
faz das minhas pernas quentes foz,
desagua o rio do teu grito aflito.
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Uma por dia tira a azia