Um travo de ti em qualquer tapete
em que o meu corpo se deite;
eu procuro-te em qualquer amante
que o meu corpo contenha e aceite
mas não encontro sequer atenuante,
nada sinto que a memória não suplante;
quando me enchem sinto-me ausente,
quando estou vazia, tudo em mim te sente;
Vem! Vem! Vem! Não faças caso
de mais vidas que estejam por viver
de mais almas que estejam por apreender;
aceito e submeto-te o meu ocaso.
Aceita e entrega-me o teu cansaço
pendura-o em mim, e passo a passo,
será casaco no meu peito - teu espaço;
mangas compridas para melhor te ter.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Uma por dia tira a azia