09 dezembro 2009
Guardo
Guardo-te sobre os dedos
No parar do tempo
Na calma com que toco a pele hoje despida
Guardo-te no olhar
Como a luz das manhãs
E a força dos dias inventados por ti
Guardo-te no instante em que me calo
E não escuto o teu silêncio
Murmurado ao meu ouvido
Guardo-te nas rugas do nosso leito
Nas ondas sedentas
Das torrentes rubras de paixão
Guardo-te nos acordes sublimes
Das notas produzidas no corpo
E das suaves melodias geradas em mim
Guardo-te na saudade ressaltada
E no suspiro dos dias de repouso
Que acarinham o vazio deixado por ti
Guardo-te no travo da minha boca
Num sabor doce que me desperta
A vontade louca de te amar
Maria Escritos
Blog Escritos e poesia
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