23 dezembro 2009

Sair

Se eu sair devagarinho,
de mansinho,
prometes que não dás pela minha falta?
Prometes que é verdadeira
essa ausência que me mostras agora?
Prometes?
Eu enchia a minha vida de amantes,
de sonhos, de pesadelos;
agora são pequenos,
e não mais amarrarei os cabelos.
Resto eu,
(não encontro fim)
mas este corpo não é teu
e eu não sei encher-me de mim.


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Uma por dia tira a azia