05 maio 2010

Caralhos, não coelhos!

Aos enormes cogumelos vermelhos,
Maria, em doçura, entregava o pito
mas, um dia, ecoou-lhe nos pintelhos
o sabor de um bem gemido grito
Gritava um cogumelo já aflito
que a desejava foder de joelhos,
estrebuchar afogado, lamber-lhe o clito,
sugar-lhe inteiros mil doces orvalhos.

Maria, de olhos azuis tão mimalhos,
sentiu alvoraçarem-se os mamilos no peito,
ao ar expôs um mamalhal tão farto
e gritou: "és único entre mil mangalhos!"
Enrubescida, entregou-se em fúria ao dito:
"quero-te, fode-me como mil caralhos"
Ah, desilusão, mas tudo é tão finito!
No fim gritou: caralhos, não coelhos!

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O OrCa não consegue ouvir falar em caralhos que os ode logo:

"Brava Maria à espera que o bosque traga a demasia que o corpo lhe pede sem que o sossegue algum caramelo, mesmo cogumelo, mas forte de malho que role com ela nas gotas de orvalho...

fica-se Maria entre alhos e elhos
de sarda sequiosos os lábios tão quentes
e o seu corpo todo grita-lhe conselhos
que aos cogumelos até crescem dentes
nas sarças por sardas todas elas ardentes
com ânsias de novos e saber de velhos
que Maria queria senti-los latentes
roliços e firmes sem quaisquer engelhos
nos lábios do corpo visitas urgentes"

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Uma por dia tira a azia