03 novembro 2010

Aurora Poema

Aurora
se tocas nas estrelas
sempre que me olhas
dizes-me quantas são?
Levas de mim toda a emoção
e os sonhos de frases amputadas
já não são poemas,
Aurora,
mas quando os levas
nas tuas palmas
dizes-me que não
e levas-me e trazes-me a solidão
mas se tuas lágrimas são abelhas
sempre que me deixas,
Aurora,
são estrelas do coração.

Que posso fazer, então,
senão deixar-me matar
para que possas estrelas contar;
diz-me, ao menos, quantas são?

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