... mais gosto de as conhecer.
Não me interpretem mal, continuo a gostar tanto de bicharada que estou, neste momento, rodeada de gatos por todos os lados menos por um (justamente o teclado do computador, pelo menos até que o Sebastião resolva fazer uma das suas incursões). Mas não posso, com honestidade, dizer que prefiro os bichos às pessoas.
Gosto de animais domésticos enquanto animais e de gente porque é gente. E se não confundirmos as coisas, é possível encontrar animalidade nos seres humanos e uma certa humanidade nos bichos, talvez por transferência, por proximidade, sei lá bem.
Mas gosto do que as pessoas me dão. Dos encontros que me proporcionam. De palavras que me dirigem. Dos desafios que me colocam. Gosto dos universos que se escondem, revelando-se, por detrás de cada gesto, de cada olhar, de cada discurso, de cada silêncio, de cada projecto.
Nunca consegui, e apesar dos pesares que trinta e sete anos trazem, inevitavelmente, deixar de acreditar no ser humano. Ou em alguns, pelo menos. Logo, em todos, por princípio.
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Uma por dia tira a azia