01 abril 2011

Segredar

Tento escrever até ao teu peito
deixa-o aberto, eu só quero ler
eu só te quero ver, sim, prometo
eu não conto; nada, tudo, nada
volto à tona amordaçada
não volto até me perder
do medo de me perder, corto
e entro a direito, nascer e morrer
e morrer e nascer no que foi escrito
no vazio do que ficou por escrever
no espaço do incompleto
no imperfeito espaço
sozinho entre cada nosso traço
tento escrever, deixa-o aberto
eu só quero ler, só te quero ver
sim, prometo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia