22 abril 2005

A minha vida amorosa, 100 outras estórias

Apesar de ainda hoje visualizar perfeitamente as formas do rosto e do corpo, e que corpo, não tenho certeza do nome. Lívia ou Lídia? Sempre nos tratámos um ao outro por Lili. Ela dizia que eu tinha mãos de menina e o nome de baptismo não me assentava bem. Era sobre todos os pontos de vista perfeita, com o seu sorriso gracioso frequentemente entrecortado por gargalhadas francas e personalizadas, ao nível do seu bom humor inquebrantável. Nutria por mim uma paixão desmedida sem ser doentia, amava como uma borboleta à volta de uma flor. Gostava de fazer amor com as meias e recusava-se a tirá-las. Para eu fantasiar com a Cinderela, dizia. Não fosse tê-la surpreendido na casa de banho e hoje estaria casado com um joanete do tamanho da cabeça do dedo mindinho da minha mão esquerda.

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