10 abril 2005
Ékstasis
- Pára, disse ela.
O corpo tentando fugir ao prazer que sentia perto.
As mãos dele nas ancas puxaram-na. Impediram a fuga.
O rosto dela na almofada. Transpirado, transfigurado de prazer.
Os braços abertos.
As mãos fechadas apertando a berma do colchão.
Ele não parou.
Num movimento ritmado, cadenciado, brincou com o sexo dela.
Olhava-a e sorria enquanto com a ponta do sexo provocava o dela, rodeando-o, fugindo.
Num impulso, empurrando as ancas contra as dela penetrou-a fundo deixando-a imobilizada, o corpo preso ao dele, a respiração retida.
Debruçou-se sobre ela. Disse-lhe ao ouvido:
- Dá-me o teu orgasmo agora.
A língua rodeando, mordiscando a orelha.
A respiração vento que lhe agitava o cabelo.
A voz que a incentivava, a incitava:
- Vem, não te contenhas. Vem.
Não respondeu.
Fechada no prazer.
Puxou-o:
- Ama-me. Não pares.
O corpo um arco. Um espasmo.
Parou.
Ele ficou nela.
Molhou um dedo na humidade prazer.
Com a língua abriu-lhe os lábios.
O sabor do prazer no dedo dele, na boca dela.
Ele movia-se, de novo, devagar...
Encandescente
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Uma por dia tira a azia