13 abril 2005

Bocas infinitas

Deixa de fora as palavras
O silêncio é agora um prado
E os meus lábios uma nascente.
Deixa saberem à amora silvestre
Os beijos frescos que te ofereço
Escuta o seu murmúrio, sente.
Faz comigo a vereda desta vertigem
Goza a placidez deste excesso
Nesta hora em que abro as asas
E descerro a beijos de incenso
O teu corpo nu em mim emerso.
Sê por mim uma pele feita de lábios
De bocas infinitas segredando-me desejos
Que me escancararem a alma na viagem
E me façam não saber de outros beijos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia