Diz o Ferralho que dia 13 é o dia internacional do Beijo. Propõe que marquemos uma chuva de beijos mesmo para esse dia.
O desafio do Ferralho: "A minha ideia era, assim, uma coisa abrangente; em grande! Que usando todas as artes e de todas as artes onde há beijos, chovam beijos na Funda São: os primeiros beijos, os beijos dos outros, os concursos de beijos, os beijos que fizeram história, os beijos mais claros e os mais negros, os beijos que sonhamos. Enfim, pensar no assunto! Que comece a caça ao Beijo."
E dá já uma (por agora):
Todos os beijos deviam ter alma
Beijos que voam, que gritam
Mas há beijos tão rotundamente mudos
Tão tristes, tão nulos
O sabor dos beijos não se explica
É dúbio o que um beijo é, exactamente
Um beijo nunca é o que pode estar a ser
Nunca, de um qualquer beijo
Se diz o que foi, completamente
Mas seja um beijo como queira ser
Em surdina ou segredando
Diz sempre um beijo por si
O beijo que ele próprio é
A Encandescente rebeija [eu não disse rabeja, que seria matéria para cuneto]:
Num beijo respiro
Num beijo morro
Expiro
Num beijo a tua alma inspiro
E num beijo ressuscito.
Um beijo sabe ao que dou
Um beijo é o que quero
um beijo é o que sou.
E em surdina ou segredado
Quando beijo fica claro
Aquilo que o beijo é!
O Vizinho idolatra-me [e sabe que eu gosto... hmmm....]:
Sempre que te peço um beijo
Em locais mais escondidos
Cara feia é o que vejo
Não sorris nem dás gemidos
Mas se em vez de t'os pedir
Os roubo sem dizer nada
Tuas pernas vejo abrir
E sinto-te logo molhada
Por isso já aprendi
Que os beijos que mais gostas
São os que descem por ti
Até ao fundo das costas
Um beijo alfacinha do ajcm:
Dia em que te num beijo
num será de marabilhas.
Atrabesso logo o Teijo
e bou almoçar a Cacilhas.
Uma vez que nada foi dito quanto ao sítio a beijar, o Fernando vem-se com um soneto que canta o melhor dos beijos:
Os teu lábios tão húmidos... Desejo
senti-los outra vez na minha pele,
carnudos e mais doces do que mel
afogueando-me o pau quando o arejo.
Penso na tua boca e todo arquejo...
Preciso urgentemente de papel
pois sinto humedecer-se-me o pincel
enquanto lembro o teu mais quente beijo.
Recordo, minha linda, a noite calma
em que, depois de ouvirmos Jorge Palma,
fomos os dois p'ra Sintra andar de coche.
Osculaste-me então num sítio louco
que eu, maravilhado, fiquei rouco
de tanto gritar: – Oh, que belo broche!
[eu sei que parece mais um brocheto, mas enfim...]
O OnanistÉlico continua a entaramelar a língua nos nossos sentidos:
Que vejo num beijo, vestindo-me em ti?
Nu.
Despindo-me na tua boca com a carícia gulosa do teu sorver, sabes-me-te-nos.
Prazer de ter-te decorada de mim, beijos que te beijam, que nos vestem num só.
Eu tenho que zelar pelas infraestruturas do blog. Ou não me chame São Rosas:
Com esses vossos beijos tão molhados
Empapam e pingam os cortinados
Atire uma pedra quem não peque
Mas... paguem a conta do Cinq à Sec!
O OrCa tardou mas odeu:
Beijos?
Onde? Como? Quando?...
Ainda venho a tempo ou já findaram?
Beijos mil?
Só mais um, se me deixarem
E serão mil e um os que beijaram
Tu, aí, chega cá p'ra que beije
Esses lábios tão belos
Sensuais
P'ra que sacie esta fome
Este desejo
De beijar teus outros lábios
Tão iguais
Quanto daria eu p'ra ter o gosto
De provar esses teus gostos
Desiguais
Pois beijarei os lábios belos do teu rosto
Mas de rastos beijarei os outros mais.
E tu, onde estás que não te beijo?...
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