Começou mais ou menos por volta dos 12 anos, ou pelo menos é o que digo desde os 17, e apesar de nunca lhe ter dado um beijo ainda hoje sinto a macieza dos seus lábios nos meus. Eram doces, como que polvilhados de açúcar, e tinha uns olhos castanhos num flambeado permanente em mistura de conhaque e cointreau. Suzete. Tinha um sotaque a condizer, o que lhe dava um ar exótico, com a boquinha em biquinho – ou pelo menos é assim que a vejo quando hoje fecho os olhos. Mas nunca confiei verdadeiramente nela, desaparecia 11 meses por ano.
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Uma por dia tira a azia